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50º Dia da Consciência Negra é marcado com manifestação na Serra da Barriga

CUT, entidades sindicais, movimento negro e movimentos sociais pedem o fim do governo Bolsonaro no Quilombo dos Palmares.

Publicado: 22 Novembro, 2021 - 19h32 | Última modificação: 23 Novembro, 2021 - 07h45

Escrito por: CUT Alagoas

Benita Rodrigues
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Fora Bolsonaro - Serra da Barriga - União dos Palmares - AL
Benita RodriguesBenita Rodrigues
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Na manhã do último sábado (20), data que marca o dia de morte de Zumbi dos Palmares, o maior líder da resistência anticolonial no Brasil, a militância da Central Única dos Trabalhadores, da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, de entidades sindicais, do movimento negro, dos movimentos de luta por terra e moradia e de partidos políticos saíram em caravana de diversas regiões do Estado de Alagoas para registrar presença junto aos grupos escolares, culturais, religiosos e artísticos na celebração do 50º Dia da Consciência Negra na Serra da Barriga, localizada no município de União dos Palmares - AL. 

Durante o evento, cerca de 7 mil pessoas estiveram no Parque Memorial Quilombo dos Palmares em homenagem ao maior território de resistência contra escravidão na história brasileira.

Com referência na data que representa a experiência de luta pela libertação dos povos escravizados, organizações sociais de todo Brasil elegeram o 20 de novembro (2021) como o 10º dia de campanha nacional pelo “Fora Bolsonaro”. Manifestantes levantaram suas bandeiras e fizeram discursos contrários à política estabelecida pelo presidente.

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“Eu comparo Bolsonaro à elite que escravizou o povo negro no Brasil. Ele representa um governo que se apropria de tudo que há de pior na história do nosso país e condiciona a classe trabalhadora viver em condições análogas à escravidão.. Bolsonaro ressuscita o que há de mais perverso da colonização; o racismo, o machismo e a opressão contra todo povo pobre deste país” afirma Rilda Alves, presidenta da CUT Alagoas.

Milhares de pessoas foram às ruas para demonstrar seu descontentamento com o projeto político do atual presidente, que por sua vez segue em decadência na opinião pública do país. 

“Nossa manifestação no dia 20 de novembro aqui na Serra da Barriga foi histórica. Esse território é o maior símbolo de nossa resistência. E nós, nesse momento, somos a resistência do povo negro, das mulheres e de todo povo oprimido deste país. Nós somos a resistência do povo que não aguenta mais ver seu povo morrer todos os dias, seja pela COVID 19, pela fome ou pela violência policial. Nesse momento, gritar Fora Bolsonaro é importante e urgente.” afirma Lenilda Lima, dirigente da CUT e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (SINTEAL).

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Lideranças reivindicaram um país sem fome, pobreza e violência. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, atualmente mais de 19 milhões de pessoas passam fome no Brasil e mais de 116 milhões sofrem algum tipo de insegurança alimentar. Nesse mês da consciência negra, o Dieese apresentou uma pesquisa que revela dados referentes ao desemprego e afirma que 71,4% das pessoas desempregadas são negras. 

 

“Durante a pandemia houve um aumento no desemprego. Esse aumento afetou principalmente o povo negro do Brasil, que já ocupava os piores postos de trabalho. Lutar pelo fim do governo de Bolsonaro é lutar contra racismo e todas as opressões. Manifestar na Serra da Barriga é resistir com a força da ancestralidade de Zumbi e Dandara” destaca Luciano Rodrigues, dirigente da CUT e do Sindicato Seguridade Social de Alagoas (SINDPREV AL).