No dia do jornalista, sindicalistas defendem liberdade de expressão e democracia
Publicado: 07 Abril, 2022 - 18h58 | Última modificação: 07 Abril, 2022 - 19h05
Escrito por: Sindjornal
Nesta quinta-feira, 7 de abril – Dia do Jornalista, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) parabeniza a categoria pelo trabalho prestado à sociedade, principalmente em período de pandemia, onde a informação foi essencial para combater as “fake news" e esclarecer a população sobre a importância da prevenção contra a Covid-19. O sindicato ressalta ainda a defesa intransigente dos jornalistas, da liberdade de imprensa e da democracia.
O Sindjornal chama atenção da sociedade brasileira, especialmente de autoridades e da população, para os graves e recorrentes ataques cometidos contra os jornalistas alagoanos, tanto com relação aos direitos trabalhistas, quanto ao exercício da profissão, com frequentes tentativas de violação à liberdade de imprensa.
Nesse contexto, o presidente do Sindjornal, Izaias Barbosa, destaca a gravíssima situação dos jornalistas e demais trabalhadores das empresas da Organização Arnon de Mello (OAM) - Gazeta de Alagoas, TV Gazeta, Gazetaweb, Rádio Gazeta e TV Mar -, de propriedade do senador Fernando Collor e família. São mais de 200 trabalhadores e trabalhadoras que, após anos e anos de vínculo empregatício, exercendo suas atividades, foram demitidos e não receberam, até hoje, nenhum centavo de rescisão indenizatória. “De uma hora para outra, os trabalhadores demitidos não podem mais recorrer à Justiça do Trabalho, e passam a ser credores de uma ação de Recuperação Judicial – subterfúgio a que a empresa se apega de maneira oportunista, para golpear de forma abominável os trabalhadores e fugir da falência e das responsabilidades trabalhistas”, disse o presidente.
De acordo com o Sindjornal, a OAM apresentou um Plano de Recuperação altamente prejudicial aos trabalhadores (agora transformados em credores), cujo teor prevê exclusão de 100% de multas, juros e correção, mesmo que a empresa descumpra acordos firmados, o que, para a entidade, representa calote. Segundo a assessoria jurídica do Sindjornal, o grupo Arnon de Mello, em que pese ter se referido à crise econômica envolvendo as mídias tradicionais para pedir Recuperação Judicial, na verdade não vem cumprindo, há anos, obrigações trabalhistas, a exemplo do recolhimento do FGTS, mesmo quando a tal dificuldade econômica das empresas de comunicação não existia. Portanto, acrescenta o sindicato, dar calote em trabalhador nas Gazetas é recorrente.
O vice-presidente do Sindjornal, Pedro Roberto, também alertou os credores trabalhistas para rejeitarem o Plano de Recuperação Judicial proposto pela OAM. “As empresas de Collor se aproveitam desse instrumento “legal” para dar verdadeiro “calote” em credores, desconfigurando, portanto, o sentido maior da legislação falimentar de recuperação. É lamentável que o dono da OAM - senador Fernando Collor de Mello - siga fazendo piruetas para enganar a sociedade com a pretensão de novamente concorrer a cargo público, enquanto, para os ex-trabalhadores de suas empresas, sobram miséria, indignação e revolta”, disse Roberto.